Morando em uma cidade minúscula, onde todos querem saber da vida de todos, e que o padrão de comportamento predominante é o sertanejo, me sinto um estranho no bando. Parei no posto para abastecer a moto e o frentista que eu nunca vi na minha vida me questiona: Essa moto corre muito? Esse guidão não cansa os braços? Você não tem carro, só moto? Me sentindo em frente a um delegado em pleno interrogatório, fiquei sem ação e só me veio a cabeça: Put's cara, você é da polícia? E com um sorriso ingênuo ele respondeu que não e riu, e ainda disse: é que só te vejo de moto e nunca de carro. Parei e pensei, estou sendo intolerante com o cara que ja ta acostumado com isso pois mora aqui desde quando nasceu e o intruso no bando sou eu. Dei um sorriso pro frentista e disse que tinha pânico de carro, me sentia encaixotado. Ele muito na boa falou que eu parecia um motoqueiro fantasma, e que eu era doidão. Isso ja tem quase dois anos, hoje ele vendeu o carro que tinha, economizou uma grana, comprou uma moto e só anda com ela, ta querendo virar doidão também. Bem-vindo para a turma dos "estranhos no bando"....
Estou inspirando os outros a escreverem? muito bem!!!!
ResponderExcluirVamos fundar a "Sociedade dos Poetas Estranhos no Bando" (só entra se virar doidão), e elegermos o O'Jones presidente e o Serjão Only 2 wheels como vice. Vamos juntar os textos no final do ano e publicarmos um Anuário de "Contos e Filosofias Motociclisticas", eu como advogado, vou empresariá-los e cuidar das finanças (to tentando trocar minha Dyna 2009)... eheheheh!!
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